sábado, 17 de setembro de 2011
Fantasmas...
eles parecem de mentira, parecem frutos de uma imaginação, são tao reais que assustam. Eles te perseguem a qualquer hora, qualquer lugar. Você pensa que eles se foram, que passaram, que sumiram, mas não, eles estão ai, rodeando você dias após dias. Ferindo. Machucando. Magoando. Tirando tudo que você tem de bom. Tirando suas memórias boas. Eles vem com uma força enigmática, que você nem percebe nada, só sente que eles chegaram. Então é tarde demais para dizer não, tarde demais para combate-los. A dor é tanta, que enquanto você se machuca, você não sente nada. Depois de te destruírem, os fantasmas se vão, deixando rastros... deixando marcas... deixando dor.
quinta-feira, 15 de setembro de 2011
Sonhar acordada
Hoje ao abrir os olhos, pensei que ainda estava sonhando. Sabe quando está tudo ferrado, tudo errado, e de repente o dia é bom? Você consegue relaxar, pensar em coisas bobas, e rir das coisas que aconteceram, consegue simplesmente ter um dia satisfatório. Pensei que era sonho, só podia, eu achar que poderia ter um dia assim, só em sonho. Pensei que os pensamentos era tolos, por um instante esqueci nomes, palavras, rostos, pensei em como eu era feliz, como aqueles dias de verão foram simplesmente maravilhosos. Consegui enxergar a felicidade, consegui ME enxergar, no meio de tantas lágrimas. Mas o sonho era real, eu estava acordada, pois foi em pouco tempo que meus olhos piscaram e a realidade voltou. As magoas eram reais, e as lágrimas também. Os rostos, vozes, palavras voltam, sempre voltam. E fico a me perguntar, quando sonharei acordada, e isso passará? Creio que demore, creio que pra tudo ser único novamente, demorará. Mas eu aguardo, só espero que não demore tanto, pois não vejo a hora de sonhar com os olhos abertos e olhar que tudo é real, e que nada é em vão. Que realmente sou única, que nada mais importa. Enquanto esse dia não chega, espero sonhar outros dias, e outros e mais outros, até a realidade chegar.
quarta-feira, 14 de setembro de 2011
O que?
Sinto como se cada parte de mim não existisse mais. Como se eu não soubesse mais distinguir o que é o que. Sinto como se a qualquer momento eu realmente fosse desmoronar, como se meu corpo não aguentasse mais, como se ele a qualquer momento despencasse. Sinto que milagres são iguais a sonhos: pensamos, queremos, mas não existem, ou existem pessoas (como eu) que jamais terão o que querem. Sinto que a qualquer momento vou perder tudo que lutei pra ter até agora, que vou acabar tão só, que nada ao meu redor me ajudará. Sinto que estou perto de não ter mais nada, sinto que é quase um fim, mas dói, e ninguém entende, ninguém quis entender. Sinto que sou a droga. O resto. O lixo. O ninguém. Sinto que vou acabar comigo mesma, em um lugar escuro, sem nada e ninguém. Sinto que pode ser meu destino, mas e se eu não o querer? O que devo fazer?
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