quarta-feira, 26 de outubro de 2011
sábado, 17 de setembro de 2011
Fantasmas...
quinta-feira, 15 de setembro de 2011
Sonhar acordada
quarta-feira, 14 de setembro de 2011
O que?
quarta-feira, 8 de junho de 2011
Estou chorando tanto essa noite. Não sei, está tudo diferente. As cores. As músicas. As imagens. As pessoas. As alegrias. As coisas boas da vida. Não sei, tudo perde a cor com o tempo, perde aquele som de pureza, tudo fica tao... irreal. Essa noite é tão igual as outras, mas ela me machuca e parece que mais. Talvez seja o acumulo de mentiras de todos que me rodeiam. Tenho medo de não saber seguir em frente, de não saber abrir o coração e perdoar, esquecer, confiar e ter aquela coisa mágica sabe? Aquela magia de acordar todo dia sabendo que alguém esta ali por ti. Saber que em alguma hora do dia você vai ouvir aquela voz que faz você estremecer. Eu me perdi. Me quebrei. Me machuquei. Acho que estou um pouco morta. Um pouco viva. Um pouco amada. Um pouco sofrida. Um pouco de cada coisa. Mas não quero meio termo, quero um termo todo. Quer estar viva, ser amada e não sofrer. Procuro em lugares distantes uma força inexplicável que me erga, que me apoie, que não me deixe cair. Tenho medo de dar outro passo e cair. Medo de confiar, dói tanto que não aguento mais. Veja só, nesse momento estou lembrando de algo ruim e parece que me enfiaram uma estaca bem no peito. Quanto exagero, mas é dor demais. Quero viver, cansei de sobreviver. Quero provas. Quero luta. Quero sangue. Quero uma batalha vencida. Quero mais, muito mais. Eu quero algo que me traga de volta o que fui, algo que alguém tem. A mesma pessoa que me tira tanta coisa, é a única capaz de devolver. Mas doí ter que esperar pela minha própria mudança. O que eu devo fazer? Te quero tanto, e tenho medo. Me salve.
segunda-feira, 9 de maio de 2011
Perdoar é desfazer a ilusão da vida perfeita
Na verdade, temos muito o que aprender com essas experiências. Em primeiro lugar, perdoar não é retaliar, se vingar ou fazer o outro sofrer tanto quanto nos fez sofrer. Mas, por outro lado, perdoar não é esquecer, deixar para trás quilômetros de mágoa, toneladas de ressentimentos ou ainda fechar os olhos e deixar os "bandidos" se darem bem com as trapaças que cometeram. Quando perdoamos as pessoas que nos machucaram, não estamos dizendo que o que foi feito contra nós não teve importância ("não foi nada") ou não deixou marcas profundas (aquelas a ferro e fogo). Essas perdas foram terríveis e fizeram grande diferença em nossa vida, mas nos ensinaram muitas coisas: tanto a
não nos tornarmos vítimas novamente, como não fazermos o mesmo para terceiros.
De fato, algumas pessoas perdoam, outras não, outras estão tentando. Porém, fingir que perdoamos, ranger os dentes, engolir em seco, não é perdoar. Os terapeutas americanos Sidnei e Suzanne Simon, em seu livro Forgiveness, explicam o que significa perdoar e não perdoar. Começam dizendo que não perdoar tem certas vantagens porque nos dá algumas ilusões.
A primeira, e mais comum, é a ilusão de que, se aquele problema não tivesse acontecido, nossa vida seria perfeita. Só bastaria que as coisas tivessem sido diferentes e não tivéssemos sido machucados naquela época e pela pessoa que nos machucou; agora, estaríamos "numa boa". Mas, como aquilo aconteceu, temos a explicação ideal, a desculpa perfeita para estarmos e ficarmos na pior ( a responsabilidade da nossa infelicidade é sempre do "outro").
Em segundo lugar, não perdoar nos dá ilusão de sermos perfeitos. Os maus, os bandidos, são os que nos machucaram, e se nós os perdoarmos nunca mais poderemos dividir o mundo ao meio, todos os mocinhos de um lado e todos os bandidos de outro. Vamos ter de aceitar que as pessoas são "híbridas", potencialmente boas e más. Tanto os outros quanto nós mesmos.
Não perdoar também nos dá a ilusão de força, de poder ("agora eu controlo"). Não
perdoar ajuda a compensar a sensação de falta de poder que nós sentimos quando
fomos machucados. De fato, se trancarmos na prisão de nossa mente essas pessoas que nos machucaram, vamos nos sentir onipotentes ("agora é minha vez") pela força do nosso ódio silencioso.
E, por último, não perdoar nos dá a ilusão de que não seremos machucados outra vez. Mantendo a dor viva, os olhos bem abertos para qualquer perigo em potencial, reduzimos o risco de voltamos a sofrer rejeição, traição ou qualquer outra forma de ferimento.
Mas será que os benefícios de não perdoar valem o preço que pagamos por armazenar essas mágoas, remoer esses sentimentos e nos agarrarmos com unhas e dentes à dor do passado? Será que vale a pena continuarmos alimentando a raiva, revidando com palavras ou com silêncio e assim nunca sentirmos o verdadeiro prazer de viver?
O perdão se torna uma possibilidade quando a dor do passado para de reger nossas vidas; quando não precisarmos mais do ódio e do ressentimento como desculpas para obter menos da vida do que queremos ou merecemos. Perdoar é chegar à conclusão de que já odiamos bastante e não queremos odiar mais; portanto, perdoar é usar a energia da vida, não para reprimir esses sentimentos, mas para quebrar o ciclo da dor se voltando para o futuro e não machucando outras pessoas como fomos machucados.
Há quem diga que perdoar é escolher entre se vingar e se aproximar, entre ser vítima ou sobrevivente. Na realidade, perdoar é um processo que vem de dentro. É uma libertação. Uma aceitação. Perdoar é aceitar que a coisas ruins podem e de fato acontecem na vida das pessoas, e que as pessoas mesmo quando amam, se machucam. Perdoar é um sentimento de bem-estar, é reconhecer que existe algo melhor que queremos fazer com a energia da vida e fazê-lo.